quinta-feira, 21 de julho de 2011

Tecnologia torna genoma de US$ 1.000 possível, diz firma

Aparelhos de empresa usam tecnologia igual à de computadores pessoais. Prova de viabilidade foi ler DNA completo de guru da computação; meta será atingida em 2013, afirma cientista. Uma empresa americana acaba de detalhar, nas páginas de uma das maiores revistas científicas do mundo, sua aposta tecnológica para reduzir a apenas US$ 1.000 o preço de ler os três bilhões de "letras" do genoma humano.

"O genoma de US$ 1.000 não apenas é inevitável como é só o começo", disse à Folha o criador da nova tecnologia, Jonathan Rothberg, da Ion Torrent, subsidiária da Life Technologies que fica no Estado de Connecticut (Costa Leste dos EUA). "No ritmo de desenvolvimento atual da Ion, vamos atingir o genoma de US$ 1.000 em 2013 e continuaremos a fazer o custo cair nos anos seguintes", afirma.

Para mostrar que não estão brincando, os pesquisadores da empresa escolheram como "cobaia" ninguém menos que Gordon Moore, 82, fundador da fabricante de chips Intel. Ele é autor do postulado segundo o qual a capacidade de processamento dos computadores dobra a cada dois anos, em média. A decisão de ler o genoma completo de Moore é simbólica porque, para a equipe da Ion Torrent, a chamada lei de Moore também vai começar a valer para os leitores de DNA, cada vez mais potentes. Além disso, a tecnologia usada nos novos aparelhos é quase idêntica à de qualquer computador ou smartphone de hoje. Não depende da decifração das "letras" químicas do DNA usando luz, que torna o processo mais trabalhoso e caro com os aparelhos mais comuns hoje.

"O dr. Moore concordou em nos ajudar porque quer que as pessoas se sintam confortáveis com a tecnologia", diz Rothberg. Versões menos potentes da máquina da Ion Torrent já estão à venda. Especialistas veem técnica com empolgação e cautela - "Eu quero um desses para mim, a qualquer preço", brinca Sergio Verjovski-Almeida, médico e bioquímico do Instituto de Química da USP, ao comentar os novos sequenciadores de DNA. Para Verjovski-Almeida, a leitura do DNA sem a necessidade de usar luz e obter imagens para distinguir uma "letra" química da outra "aumenta muito a possibilidade" de que a empresa americana alcance a meta do genoma "a preços populares".

No novo procedimento, a leitura é apenas química e elétrica. A máquina consegue distinguir uma letra química da outra porque bateladas de cada uma delas são colocadas separadamente no aparelho, explica Sandro José de Souza, do Instituto Ludwig de Pesquisa do Câncer.

Assim, elas se ligam às suas parceiras específicas presentes no DNA original, produzindo um sinal químico (mudança da acidez no meio) que é convertido em sinal elétrico e em dado eletrônico. Apesar de seu interesse pela nova técnica, Verjovski-Almeida aponta que a necessidade de preparar as amostras para a passagem pelo sequenciador ainda pode tornar o processo relativamente lento. Se essa preparação for muito intensiva, as vantagens competitivas da tecnologia da Ion diminuem, afirma.

Cedo demais - Sandro José de Souza, biólogo do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, afirma que as versões mais simples dos sequenciadores da Ion andam tendo boa aceitação por parte das instituições de pesquisa, mas ainda apanham diante de tarefas mais complexas, como um genoma humano inteiro.

"A promessa deles é ir aumentando a capacidade dos chips, o que de fato pode fazer a diferença, mas outras máquinas hoje os superam", afirma o pesquisador. Souza diz que é cedo para dizer se a nova tecnologia vai triunfar na corrida pelo genoma de US$ 1.000. "As coisas estão mudando de maneira muito rápida".

(Folha de São Paulo)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cultivar de arroz produzida pela Embrapa e BASF chega ao mercado em agosto

20/07

Produtores gaúchos poderão contar com mais uma arma no combate ao arroz vermelho a partir do próximo mês – quando começa a preparação da safra 2011/12
O arroz BRS Sinuelo CL é fruto de mais uma parceria entre a BASF, empresa química líder mundial, e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a principal companhia brasileira de pesquisa e tecnologia agrícola. A nova cultivar, que se destaca principalmente pelo combate à praga do arroz vermelho, está em fase final de produção de sementes e chegará ao mercado a partir de agosto. “Para a safra 2011/2012, prevista para ser iniciada em setembro, a nova cultivar adaptada ao Sistema de Produção Clearfield® terá o papel de ajudar os orizicultores gaúchos a se livrarem da infestação do arroz vermelho. A planta invasora causou diversos prejuízos no Rio Grande do Sul nas últimas décadas”, alerta o pesquisador Ariano Magalhães, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS).
Em reunião técnica realizada em Pelotas no último dia 6 de julho, representantes de empresas sementeiras responsáveis em multiplicar as sementes da cultivar apresentaram as características do BRS Sinuelo CL que trarão vantagens ao agricultor: a excelente produtividade - principalmente na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul -, a resistência ao acamamento de plantas, às principais doenças do arroz e ao degrane, a ausência de pilosidade, melhor reação a problemas de toxidez por ferro.e, ainda, a qualidade do grão e rendimento industrial. Além dos sementeiros, participaram do evento a equipe da BASF e pesquisadores da Embrapa, que discutiram os resultados obtidos, informações relevantes ao manejo desta cultivar e estratégias de comercialização de sementes para a safra 2011/12.
A variedade foi desenvolvida para o Sistema Clearfield®. Neste modelo, o arroz está preparado para receber doses do herbicida Only®, que combate o arroz vermelho e preserva as plantas produtoras. Testes de campo feitos nas seis principais regiões produtoras de arroz do Rio Grande do Sul apontam para uma produtividade média de 8,3 mil kg/ha. As sementes do arroz foram produzidas em 13 propriedades espalhadas pelo território gaúcho, em um total de 800 hectares.
A realização do encontro serviu para trocar informações sobre o manejo e produção da nova cultivar. A partir dos resultados obtidos na safra 2010/2011, é possível ter boas expectativas para a próxima safra. “Com a introdução de mais esta cultivar para o Sistema Clearfield® na safra 2011/12, os produtores de arroz terão mais uma alternativa não só para o controle do arroz daninho, mas também para o escalonamento da época de colheita, em função da duração de ciclo diferenciado em relação às demais variedades com características de resistência ao herbicida Only®”, completa o gerente de projetos Clearfield® da BASF, Airton Leites. Arroz Vermelho - O arroz vermelho é uma planta da mesma espécie do arroz cultivado, com coloração avermelhada cuja presença diminui a qualidade física do arroz produzido. Ao se reproduzir dentro de uma lavoura de arroz, afeta a produtividade da área, tornando-se uma planta invasora com alto nível de proliferação. Embrapa - O conhecimento gerado pela Embrapa, desde a criação da empresa em 1973, tem sido decisivo para agricultura brasileira e para a posição de destaque que o Brasil hoje ocupa no cenário agrícola mundial. O Brasil e a Embrapa são referências em tecnologias para a agricultura tropical. O país é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários e as projeções indicam que também será, em pouco tempo, pólo mundial de produção de biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais. Graças a essa posição no cenário mundial, o país passou a influir decisivamente no preço e no fluxo de alimentos e outras commodities agrícolas.
A visão de futuro, o forte investimento na formação de recursos humanos e a capacidade de estar em sintonia com o avanço da ciência fazem com que a Embrapa possa contribuir para que o Brasil esteja posicionado na fronteira do conhecimento, em temas emergentes como agroenergia, créditos de carbono e biossegurança e em áreas como biotecnologia, nanotecnologia e agricultura de precisão. No caso específico da biotecnologia, a atuação da Embrapa tem sido fundamental tanto no desenvolvimento de produtos e processos quanto em planejamento e avaliação de riscos.
Divisão de Proteção de Cultivos da BASF - Com vendas de € 4.033 milhões em 2010, dos quais € 1.030 milhões são da Região América Latina, África e Oriente Médio, a Divisão de Proteção de Cultivos da BASF é uma das líderes em defensivos agrícolas e uma forte parceira da agroindústria ao fornecer fungicidas, inseticidas e herbicidas altamente estabelecidos e inovadores. Os agricultores usam os produtos e serviços da BASF para melhorar a rentabilidade e a qualidade de suas colheitas. Os produtos da BASF também são usados em saúde pública, controle de pragas estruturais/urbanas, plantas ornamentais e gramados, controle de vegetação e silvicultura. A BASF tem por objetivo transformar conhecimento em sucesso imediato. A Divisão de Proteção de Cultivos da BASF visa ser a empresa líder em inovações, otimizando a produção agrícola, melhorando a nutrição e, desta forma, aumentando a qualidade de vida da população mundial em constante crescimento. www.agro.basf.com.br.
BASF Brasil 100 anos. Transformando a química da vida. 2011: Ano Internacional da Química – Química para um mundo melhor- O ano de 2011 é coincidentemente marcado por dois importantes acontecimentos no mundo da ciência: os 100 anos da BASF no Brasil e na América do Sul e o Ano Internacional da Química, decretado pela UNESCO, órgão de educação das Organizações das Nações Unidas, com a participação da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) e homenagem ao centenário do Prêmio Nobel de Química concedido à franco-polonesa Marie Curie, que visa ampliar a consciência da população sobre a importância da Química para o a melhoria da qualidade de vida e a saúde das pessoas, assim como sobre a importância da Química em todo o ambiente humano. Neste mesmo contexto, o centenário da BASF na região é celebrado com a sensibilização sobre contribuição da química para o desenvolvimento da sociedade, tendo as megatendências globais como motivadores para suas inovações. Química é transformar o que já existe, é criar o novo, é melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Perfil-A BASF é a empresa química líder mundial: The Chemical Company. Seu portfólio de produtos oferece desde químicos, plásticos, produtos de performance e produtos para agricultura até petróleo e gás. Como uma parceira confiável, cria a química para ajudar seus clientes de todas as indústrias a atingir ainda mais o sucesso. Com seus produtos de alto valor e soluções inteligentes, a BASF tem um papel importante para encontrar respostas a desafios globais como proteção climática, eficiência energética, nutrição e mobilidade. A BASF contabilizou vendas em mais de 63,9 bilhões de euros em 2010 e contava, aproximadamente, com 109.000 colaboradores no final do ano. Mais informações sobre a BASF estão disponíveis no endereço www.basf.com ou nos perfis corporativos da empresa no Facebook (BASF Brasil) e no Twitter (@BASF_brasil).
As vendas na América do Sul totalizaram, aproximadamente, €3.8 bilhões de euros em 2010 (Esse resultado abrange os negócios realizados pelas empresas do Grupo na região, incluindo a Wintershall - empresa situada na Argentina, voltada a produção de óleo cru e gás). Na América do Sul, a BASF contava com mais de 6.000 colaboradores em 31 de dezembro de 2010.

Revista Fator

sexta-feira, 15 de julho de 2011

BASF cria diretoria dedicada à biotecnologia vegetal

14/07/11 - 11:31 

O desafio é aumentar o número de projetos para culturas geneticamente modificadas na América Latina

A Unidade de Proteção de Cultivos da BASF criou uma diretoria dedicada à biotecnologia. A nova área será denominada BASF Plant Science Brasil e tem como desafio aumentar o número de projetos com culturas geneticamente modificadas “Por volta do ano 2000 a BASF começou a trabalhar com biotecnologia vegetal na América Latina, agora com esse novo status de diretoria a empresa vem consolidar seu comprometimento com o setor ”, destaca o diretor da BASF Plant Science Brasil, Luiz Carlos Louzano. O executivo explica que a América Latina, especialmente países como Argentina e Brasil, tem grande potencial para suprir a crescente demanda mundial por alimentos. Ele acredita que neste contexto a área de biotecnologia vegetal é uma das ferramentas fundamentais que trará avanços tecnológicos significativos para que o agricultor principalmente na area de aumento de produtividade por hectare, ou seja, produzir mais na mesma área.

L. Louzano também já atuou nas áreas de desenvolvimento de gerência de marketing para produtos agroquimicos. O executivo é formado em engenharia agronômica (ESALQ-USP) e possui MBA em Marketing (Columbia University e COPPEAD). Louzano era responsável por gerenciar o departamento de biotecnologia para América Latina. Com a mudança do desenho da área, o executivo terá como desafios a a busca de novos projetos para a região, o que inclui a necessidade de capacitação e formação de profissionais para atuar no setor de biotecnologia vegetal. “A pesquisa feita nos laboratorios tem que se transformar em produtos que auxiliem o agricultor. O sucesso do agricultor é nosso objetivo final. Sabemos que esse processo é longo e dispendioso e precisamos de profissionais altamente capacitados para podermos chegar lá. Para desenvolver um projeto nessa area é fundametal ter profissionais experientes em desenvolvimento a campo, em regulamentaçao e em stewardship (programa de qualidade). Sem esses três pilares não se faz biotecnologia” finaliza Louzano.

No Brasil, o Sistema de Produção Cultivance® desenvolvido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se destaca como um dos principais projetos de biotecnologia da empresa. A primeira soja geneticamente modificada brasileira é tolerante ao herbicida da BASF e atuará como alternativa para manejo de resistência de plantas daninhas. O sistema estará disponível para comercialização a partir da safra 2012/13.
Outro projeto de biotecnologia desenvolvido pela BASF no país refere-se ao desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar tolerantes à seca, em parceria com o CTC - Centro de Tecnologia Canavieira. A expectativa é de colocar no mercado, na próxima década variedades de cana-de-açúcar 25% mais produtivas.

Alem desses projetos com culturas geneticamente modificadas a BASF já tinha lançado o Sistema de Produção Clearfield®. Trata-se do arroz tolerante o herbicida Only®, usado no manejo do Arroz Vermelho, principal planta daninha infestante das lavouras de arroz irrigado.

As informações são da assessoria de imprensa da BASF.

Agrolink

terça-feira, 12 de julho de 2011

Inseminação aumenta qualidade de rebanho

Sêmen selecionado deverá ampliar a produção leiteira e a qualidade de vida de rebanhos bovinos no CE

Clique para Ampliar

Rebanhos bovinos recebem tecnologia de inseminação com sêmens selecionados desenvolvendo a qualidade de vida dos animais de olho na produção leiteira / FOTOS: ALEX PIMENTEL

Clique para Ampliar

Bovinocultura

Os resultados alcançados no primeiro ano do programa são comemorados. As novilhas com melhorias genéticas começam a circular pelas pequenas propriedades da região. O Sítio Carnaúbas, a pouco mais de 10Km do Centro da cidade, é uma delas. O pequeno pecuarista Paulo Regis Pinheiro Landim comemora com o filho Kelyson o nascimento da bezerra de sua vaca mais valiosa, a Palmeiras. A cria nasceu faz quatro meses. Pelos cálculos do técnico agropecuário da SDR, Clerton Josino Silva, o processo deverá começar a dar resultados nas pontas das tetas das vacas dentro de meio, período necessário para as primeiras matrizes atingirem a fase adulta e com ela a lactação. A perspectiva de produção média de cada animal deve pular de 6kg para 15kg de leite por dia. A comparação é feita nessa unidade de medida apenas para arredondamento de números. Segundo ele, um litro de leite equivale a 1,34Kg. Para garantir boa produção, os criadores devem ter mais atenção à alimentação, calendário de vacinas e situação sanitária dos animais.

Para o técnico, com mais de uma década de atividades na assistência a bovinocultura, uma das principais doenças sofridas pelo gado leiteiro, a mastite ou inflamação das glândulas mamárias, deve ser praticamente erradicada com a associação dos dois processos: a inseminação com melhoramentos genéticos e os cuidados habituais no campo. Em razão da espécie apresentar, aparentemente, pouco reflexo em relação à dor, a inflamação é quase insuportável, deixa o animal inquieto.
Sobre o ciclo de fecundação e reprodução, o técnico responsável pelo programa de inseminação no Município, veterinário João Alves Júnior, explica variar de acordo com a raça. Em média, o período do animal apto a copular é de 12 horas. Caso a inseminação não seja feita nesse espaço de tempo a fêmea estará no cio novamente dentro de 21 dias. Mas para o sucesso desse ciclo se faz necessário ter um bom rufião, um animal macho, um touro.

NOVAS TECNOLOGIAS

SDA visa à melhoria da produção leiteira

O supervisor de Núcleo de Bovinocultura, da Coordenadoria de Apoio às Cadeias Produtivas da Pecuária da SDA, veterinário Amorim Sobreira, informa que desde 2009 foram distribuídos 50 kits de inseminação. Além de Solonópole, Fortim, General Sampaio, Itapajé, Paracuru, Pedra Branca e Russas atingiram 100 % da vacinação do rebanho contra a febre aftosa. Os demais municípios foram contemplados através do programa de incentivo à produção de leite, desenvolvidos por associações de produtores rurais. Este ano, o Governo pretende distribuir mais 40 kits.
A SDA investiu R$ 104 mil nos 50 kits distribuídos nos municípios cearenses. Cada botijão, de aço forjado, tem capacidade para 20 litros de nitrogênio, o suficiente para conservar em média 100 doses de sêmens, quantidades das raças leiteiras Gir Leiteiro, Pardo Suíço e Holandês, fornecidas pela SDA no kit. Todo o material e fornecido sem qualquer custo para as prefeituras.

Custo

No entanto, para manter o nível químico - não podendo ficar abaixo dos 15 centímetros definidos na régua de medição do kit - a SDS de Solonópole faz a reposição do gás liquefeito, que custa em média R$ 200,00. O sêmen está sendo reposto através de parceria formada com uma empresa especializada, a Alta Genetics. O custo médio é de R$ 20,00 por cada dose, suficiente para uma inseminação.

Sobre o programa, o técnico da SDA explica ter sido levada em consideração a necessidade de aumento da produção de leite pelos produtores da agricultura familiar visando dar suporte ao Programa leite Fome Zero no Estado. Um dos caminhos para a ampliação da produção passa pelo Melhoramento Genético do rebanho, pois este seguimento dos produtores de leite possui, segundo dados estatísticos (IBGE, 2009), um dos menores índices de produtividade (aproximadamente 3 litros/vaca/dia). Atualmente a produção para o Fome Zero é de 58 mil litros por dia. A demanda necessária é de 100 mil. Por esses motivos a SDA pretende dar continuidade ao programa de Melhoramento Genético iniciado em 2008. Cada grupo contemplado com os equipamentos de inseminação também recebeu curso de capacitação. Sonolópole acredita na proposta. Atualmente produz 26 mil litros/dia. Dentro de dois anos pretende chegar aos 50 mil por dia. Hoje, o litro é vendido a R$ 0,65. Os pecuaristas contam com um tanque de resfriamento mantido pela Prefeitura.

MAIS INFORMAÇÕES

Secretaria de Desenvolvimento Rural de Solonópole
Rua José Carlos Freire Machado, S/N
Telefone: (88) 3518.1223

Investimento público é destinado para a inseminação e a vacinação, além da melhoria genética do rebanho

Solonópole Apostando na sua principal vocação produtiva e econômica, a Pecuária, há pouco mais de 12 meses a Prefeitura de Solonópole resolveu implantar um programa de inseminação artificial em bovinos neste Município da mesorregião dos sertões cearenses. O processo elimina o risco de transmissão de doenças por parte do reprodutor no coito natural como a brucelose e a tricomoníase e melhora a resistência dos novilhos. Além dos benefícios à saúde dos animais, o melhoramento adquirido com manipulação genética pode elevar produção de leite das crias em pelo menos 50 % acima da média de 12 litros/dia no pico de lactação.
Para contar com o benefício do programa de inseminação artificial, os produtores foram obrigados a atender alguns critérios estabelecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Município. Aceitar a assistência técnica e veterinária; fazer o armazenamento da forragem em forma de silagem ou fenação; a escrituração zootécnica das vacas inseminadas; a mineralização da alimentação do rebanho; ter um brete coberto para a manipulação da inseminação; um rufião para identificação do cio; disponibilidade para as reuniões, ainda a bovinocultura leiteira como principal atividade e a vacinação de acordo com o calendário.
Segundo o titular da SDR, Antônio Guedes de Sousa, cumprindo exatamente uma das primeiras exigências de sua secretaria, o calendário de vacinação estabelecido pelo Governo do Estado, o Município conquistou seu primeiro kit de inseminação artificial. Em 2009, 100% do gado foi imunizado contra a febre aftosa. O botijão de nitrogênio com 100 doses de sêmen de reprodutores selecionados chegou em maio de 2010. De lá para cá 57 vacas já foram inseminadas. Seis reses nasceram. Mais uma deverá nascer nesta semana. O rebanho local é estimando em 25 mil cabeças.

Fonte: Canal do Produtor > Diário do Nordeste